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Quando os advogados viram os “extremistas” da marca na web. Salve-se quem puder!

Por Ana Ikeda

Preocupadas com a gestão digital de suas marcas, empresas têm se lançado – e sem colete salva-vidas – no mar agitado e traiçoeiro das mídias sociais. Numa espécie de jogo de tentativa e erro, essas companhias vão experimentando ações a esmo e nem sempre conseguem mobilizar consumidores para trocas em sua rede. Mas, se por um lado algumas empresas ainda engatinham no mundo web, outras não só já conquistaram seus advogados, como produzem uma nova categoria de conexões digitais: os “extremistas” da marca.

Vou assumir que os advogados de uma marca são aqueles que, uma vez conectados ao seu capital social, passam a agir como propagadores de informações sobre uma determinada empresa ou produto. São consumidores que assumem posturas favoráveis a essa marca e acabam cativando mais pessoas para essa rede “virtuosa” de trocas. Fazem isso sem esperar um retorno (digamos, financeiro) e dentro dos limites da ética das relações humanas, embora haja a força de sentimentos, como em qualquer relacionamento.

Abordar o termo ética é necessário, porque agora falarei dos “extremistas” da marca. Assim como os advogados, eles defendem determinado produto ou empresa. No entanto, fazem isso dominados pelo calor da emoção. Ouso dizer “amor cego”, embora alguns possam julgar absurdo, inconcebível, um ser humano dedicar um sentimento tão forte a algo inanimado (ou seja, que não vai lhe retribuir tamanho afeto). São pessoas capazes de dizer que o errado está certo, que não existem defeitos (nenhum mesmo) e, pior de tudo, que você é invejoso e pobre. Portanto, não tem o bem que ele tem (e tanto estima… sabe-se lá até que ponto).

Compraria algo se uma pessoa gritando com o dedo em riste na sua face lhe falasse para fazê-lo?

Os extremistas talvez sempre tenham existido por aí. Algumas empresas vêm cultivando essa legião de fãs cegos há décadas. A questão preocupante é a sua chegada às redes sociais. Percebemos a sua presença: lemos os seus comentários absurdos, suportamos a sua ira diante de críticas negativas, tentamos ignorar seus xingamentos. Porque, afinal de contas, essa é a beleza do convívio social na web, o espaço aberto para a expressão pessoal. Seja ela educada (no sentido de polida, ética) ou não.

Ter alguém que defende a sua marca com unhas, dentes e armamento pesado é então muito melhor do que possuir apenas um tímido advogado, não é? Voltamos então à problemática das empresas que ainda estão se iniciando no mundo das mídias sociais e que podem considerar isso uma “sacada genial”. A resposta é não. Repita comigo: não. O amor cego e incondicional pode defendê-lo momentaneamente de uma crítica, mas não faz o essencial para a construção do seu capital social, que é mobilizar mais consumidores. Pelo contrário, isso os afasta.

Eu, como consumidora, não vou querer me ligar a uma marca dessa forma, muito menos defendê-la em público no mundo web, se isso me ligar a esse perfil fanático, intransigente e cego de usuário. Desejo que me vejam como alguém capaz de fazer escolhas por mim mesma, de ponderar prós e contras numa compra, enfim, como alguém caminhando por si só e não teleguiado pelo marketing ilusório de uma empresa.

Outro grande problema dos extremistas da marca: eles não fazem sua empresa ou produto evoluir. Se uma companhia usa o marketing para dizer “não temos esse recurso, não vamos oferecê-lo, conviva com isso”, os extremistas simplesmente concordam. Tentam convencer os outros consumidores a concordarem e não questionarem. Produtos passam a ser “unanimidade” e, entre uma linha e outra, trazem poucas melhorias. E dizem ainda: “porque só os invejosos é que põem defeito”.

Uma comparação – não muito agradável de imaginar, reconheço – é pensar no extremista da marca como aquele que está se afogando. Você pode tentar ajudá-lo a se salvar, mas no desespero (a cegueira) ele lhe agarra e ambos afundam.

Uma boa gestão digital da marca não pode depender de pessoas assim. É possível conquistar (sim, também pelo sentimento) consumidores e mobilizá-los para que um produto ou empresa ganhe visibilidade e admiração. Basta voltar ao mundo “real”: compraria algo se uma pessoa gritando com o dedo em riste na sua face lhe falasse para fazê-lo? Creio que não.

 

Mara Luquet no Twitter – Proximidade, mas falta de números

Por Marina Gazzoni

Mara Luquet

“Acabei de chegar da exposição da Graça!. Fotos lindas, lugar agradável…tudo de bom. Barão de Limeira 955. Tarde deliciosa.” Esse foi o último post de Mara Luquet, colunista da rádio CBN, no Twitter, postado no dia 12 de dezembro. Especialista em Finanças, a jornalista usa a plataforma para divulgar os links dos textos que publica em sua coluna, indicar leituras e até fazer comentários pessoais.

O primeiro post de Mara foi em janeiro. Quase um ano depois, a colunista soma 2.487 seguidores e 354 tweets. Ela acerta ao mesclar posts profissionais com pessoais, aproximando-se dos internautas.

Mas ela subutiliza o Twitter como plataforma para disparar informações sobre o mercado financeiro em tempo real. Hoje, o investidor pessoa física compra e vende ações sem a ajuda de operadores por meio do Home Broker. Há, portanto, um interesse nesse tipo de dado por parte de um público crescente.

Mara poderia, por exemplo, twitter quando uma ação disparasse na Bolsa, publicar as mudanças nas carteiras recomendadas das corretoras, informar os fatos relevantes emitidos pelas empresas à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ou até mesmo publicar a agenda de indicadores da semana que podem influenciar na Bolsa.

Construção no Twitter

Por Marina Gazzoni

A incorporadora Tecnisa despertou cedo para as redes sociais. Seu perfil no Twitter foi criado em julho de 2008, como mais uma ferramenta de marketing digital da empresa. Focada no público A/B, a construtora tem blog corporativo, página no YouTube e divulga fotos dos seus lançamentos no Flickr.

Hoje a empresa soma 3.447 seguidores e já postou 397 tweets. Com linguagem coloquial, a construtora tenta se aproximar dos twitteiros. Ela usa as mensagens para divulgar matérias no blog , clippagem de notícias e lançamentos da empresa. A Tecnisa faz também ações de marketing exclusivas no Twitter, como um concurso para definir frases para a atuação da Tecnisa na plataforma. O vencedor ganhou R$ 500 reais em compras.

Mas a atuação da construtora nas redes sociais já rendeu negócios. A primeira venda da Tecnisa via Twitter foi realizada em maio. A empresa divulgou um lançamento exclusivamente no Twitter e fechou uma venda de R$ 500 mil.

Foto do primeiro apartamento da Tecnisa vendido pelo Twitter

“Provavelmente este é o produto mais caro vendido pelo Twitter no mundo. E, com certeza, é a primeira venda concretizada por uma empresa do segmento da construção civil, utilizando redes sociais”, diz Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa, em entrevista à revista Info.

A possibilidade de conquistar grandes vendas, mesmo que eventuais, fortalece a estratégia da empresa nas redes sociais. A ação vale a pena, já que o valor do investimento nesse tipo de marketing é baixo.

Redes Sociais -Elas vieram para ficar

Por Marina Gazzoni

É surpreendente a inserção das redes sociais no cotidiano das pessoas, se pensarmos que a primeira experiência desse tipo foi lançada há apenas 12 anos, com o site SixDegrees. Em seu artigo acadêmico, as pesquisadoras Nicole Ellison e Danah Boyd  traçam uma cronologia do desenvolvimento das redes sociais, apontando inclusive vantagens e desvantagens de cada uma delas.

A rapidez com que a participaçao em plataformas virtuais de relacionamentos interpessoais se dissipou aponta que é uma tendência que veio parDa ficar e que ainda trará muitas novidades. Como ocorreu com o QQ, criado originalmente para oferecer um serviço de mensagens instantâneas e hoje uma das redes sociais mais populares da China, outras plataformas virtuais podem desenvolver ferramentas de integração on-line entre vários usuários.

A convivência com esses mecanismos está mudando hábitos. Um fenômeno que já ocorre entre os jovens brasileiros é conhecer os futuros colegas de universidade antes mesmo do início das aulas, por meio da participação em comunidades virtuais do Orkut, por exemplo.

 Apesar de ser uma possibilidade real, conhecer pessoas ainda é um interesse menor para a maior parte dos usuários de redes socias. Em seu artigo, Boyd e Ellison citam estudos que mostram que mais de 90% dos adolescentes americanos usam essas plataformas para se conectar com seus amigos.

Mas por que participar de uma comunidade virtual para se comunicar com pessoas que você já conhece na vida “off-line”? A facilidade de comunicação é um dos motivos, já que enviar uma mensagem via Twitter ou postar um comentário em uma comunidade no Orkut é mais eficiente para disparar mensagens a amigos do que um telefonema.

Se as facilidades são evidentes, muitos desafios vêm pela frente. Assim como emergem rápido, algumas das redes caem rápido em desuso _por não conseguir se firmar como um negócio rentável ou atratente para o usuário a médio e longo prazos.

As redes sociais já estão na pauta de economia. Todos os holofotes do mercado estão agora no Twitter. A plataforma já captou recursos com investidores privados e estuda, inclusive, abrir o capital na Bolsa de Valores. Ele chegou a ser avaliado em US$ 1 bilhão, mas seus executivos admitem que ainda não encontraram uma “forma de ganhar dinheiro” com o Twitter.

Em 2010 o site deve experimentar formas de faturar com os seus 50 milhões de visitantes mensais. As principais apostas estão em um novo tipo de publicidade para redes sociais, e-commerce ou até mesmo venda de informações sobre seus usuários. Tudo para não acabar como o grande precursor SixDegrees, que encerrou seus serviços por problemas financeiros.

Presos na rede

por Renato Garcia

A Internet é um microcosmo da sociedade. Talvez por isso o número de sites de relacionamento e de seus respectivos membros cresce a cada dia. As pessoas buscam novas amizades, manter aquelas já conquistadas e, principalmente, fazer parte de grupos com gostos e escolhas semelhantes.

O artigo de Danah Boyde e Nicole Ellison faz um raio-x das principais redes sociais online, desde o seu surgimento até a popularização do Facebook. O texto, apesar de trazer dados interessantes, se detém nas redes que se tornaram mais populares nos Estados Unidos. Aqui, sem sombra de dúvidas, a mais famosa é o Orkut. Segundo pesquisa do Google, realizada em maio de 2009, cerca de 75% dos usuários da Internet acessaram o Orkut naquele mês. Um verdadeiro fenômeno.

 

O Twitter foi outro site que pegou por aqui. Até as empresas se renderam a ele, procurando trabalhadores através dos perfis. Muitas delas utilizam as redes para checar o perfil pessoal e comportamental do candidato. Já existe inclusive uma rede social específica para quem busca um emprego, o Linkedin.

As empresas também já estão substituindo a tradicional intranet por redes sociais internas, um meio muito mais eficaz e informal de aproximar seus funcionários e estabelecer contato com eles.

Na verdade, tudo isso faz parte do grande paradoxo do século XXI. Ao mesmo tempo em que passamos mais tempo em casa, conversando com os outros pelo computador, também nos aproximamos de famosos como Luciano Huck, William Bonner e percebemos que todos são como nós. Como já comentei anteriormente no post sobre meu perfil no Twitter, é a Internet chegando pra humanizar as pessoas, apesar do afastamento físico cada vez maior.

A título de curiosidade, já há quem tente remar contra essa corrente. Alguns sites acabaram de “sair do forno”, e sua principal função é tentar reunir seus membros fora do espaço virtual. Se eles vão fazer sucesso, só o tempo dirá.

[exercício 6 – 27/11]

A importância das redes sociais

Por Natalia Sarkis

No artigo “Social Network Sites: Definition, History, and Scholarship”, Danah Boyd e Nicole Ellison traçam um estudo sobre as diversas redes sociais, começando pelas suas origens, com a Six Degrees (que teve seu serviço cancelado em por não conseguir se sustentar como negócio, embora tivesse vários usuários. Foi primeira a englobar os conceitos de conexão e troca de informações entre os usuários cadastrados) até os dias de hoje. Também aborda questões como a privacidade e pesquisas futuras sobre o assunto.

O texto foi organizado de maneira a conter Contém muitas descrições e informações sobre várias redes sociais, como o Facebook, Friendster e Myspace. O artigo é muito bom para termos uma grande noção sobre o quão esse fenômeno é grande e que só tende a crescer cada vez mais. Não será incomum encontrar nomes de plataformas que você nunca tenha ouvido falar, até então.

Estão surgindo mais redes sociais cada vez mais específicas. Basta dar um google e se encontra aquela com o tema que interessa mais. Por exemplo, o Skoob, que é totalmente voltado para o universo da literatura. Com a frase “O que você anda lendo?”, a plataforma se define como “a primeira e maior rede de leitores do Brasil”. Nela, os usuários compartilham os livros que possuem, aqueles que estão na fila para serem lidos, e o que estão lendo no momento. Esses tipos de redes não funcionam ainda com grande força, talvez pelo Orkut ser tão forte no Brasil. As comunidades dessa rede social são fortes, e movimentadas. Os usuários fazem que elas não fiquem paradas. Logo, estando em uma comunidade que trate de literatura, e ela funcione, talvez agora, não há a necessidade de entrar em redes como estas.

Outro ponto importante e que merece uma reflexão é o fato de alguns locais proibirem redes sociais, como na escola ou no trabalho. Com o crescimento vertiginoso das redes sociais, não demorará muito tempo para perceberem que esses são os lugares ideais para pesquisas e busca de informações. Se agora sites de buscas, como google e bing são a fonte primária para se realizar uma procura na internet, não demorará muito para que as redes sociais assumam esse papel.

Não vai demorar muito para que o exemplo dado no artigo seja algo cada vez mais comum; cada pessoa criará a sua própria rede social, e não mais ser o usuário de uma plataforma.